Hoje, ao ver os blogs (que parecem estar em hiatus...) que eu sigo, me deparei com uma postagem (muito reveladora) antiga de um amigo meu. E eu li o comentário que eu tinha feito. Mas nada disso foi o que me deu o estalo para escrever essa postagem. O que me fez escrever isso foi o jeito que eu assinei o meu comentário. Eu coloquei meu nome, meus apelidos, os sobrenomes dos meus apelidos, apelidos conhecidos, apelidos teatrais, o nome dos meus múltiplos eus. E eu na verdade fiquei paralisado com tudo aquilo. Afinal, se eu sou tudo aquilo, não sou nada daquilo.
O problema é que tudo vem bem antes disso. Eu estou abdicando de tudo o que sou. Eu vivo falando pra Lubas (uma amiga minha) que eu vou ter 18 para sempre - detalhe - eu teria 16 agora se isso não fosse verdade. E eu percebi que, fora a minha família, ninguém me chama pelo "meu nome". "Meu nome" já não é mais um nome de verdade. Sinceramente, nunca gostei do meu nome, da minha identidade.
Eu sei que essa crise é depressiva. Mas como posso me sentir bem, se eu não sou eu de verdade? Tudo isso é uma enganação. Quem eu sou é uma enganação - outra coisa que eu digo para a Lubas. Eu não sou quem eu pareço ser. A situação me forçou a ser quem eu/ele é hoje. Ele era assim no começo porque os outros fizeram dele deste jeito.
Eu não sou o maldito Lucas, tá legal? É duro fazer tudo ser diferente, fora dessa realidade. O Lucas é o que os outros queriam que eu fosse. Eu, já eu, abdico de tudo o que os outros quiseram fazer de mim. Eu sou o Taylor.
Pena que as pessoas querem fazer de mim o que não sou.
Querem fazer para mim o que seria melhor para o Lucas.
Me tratam e restringem como se eu fosse o Lucas.
Mas eu não sou.
Nunca fui e nunca serei.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
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