sábado, 2 de janeiro de 2010

Abertura

Finalmente 2009 acabou. Eu me enjoô facilmente dos anos.
Cada ano é uma prisão, um modelo que devo seguir. Se eu começo o ano bem, termino o ano bem. Tive anos deprimentes (2002), anos depressivos (2005), e anos solitários (2004). Anos amedrontadores (2005 e 2007), e toda sorte de anos.
E é isso que me faz amar a renovação de anos. É a oportunidade de me mudar (de verdade, nada daquelas promessas de "vou emagrecer 240 quilos", ditos da boca pra fora) e de mudar meu jeito de pensar. 2009 foi meu ano... introspectivo, graças à minha amiga das folhas.
Pelo que sinto, 2010 vai ser meu ano instintivo. E é justamente o que eu venho buscando. Estou um passo mais próximo da realidade que eu quero criar. Eu tenho usado muito a palavra "sugestivo", e sei que essa vai ser a palavra do ano.
Mas não quero falar da minha vida, não. Quero falar da maldita sociedade. As pessoas defendem o errado tão fortemente, tão fortemente, que ele passa a ser certo. Mas um certo falho, que nunca foi certo de verdade. E mais: elas argumentam pela pura força, elas não tem motivos, nem razões. Discutem para deixar tudo como está, o maldito "status quo", que tanto odeio.
A mudança, eles afirmam, é algo necessário, e eu concordo, mas como eles podem afirmar isso e deixar tudo como está? Revolucionários são caçados, o diferente é recriminado. E onde eles ficam? Em lugar nenhum. Só são aplaudidos depois que morrem. Mas, daí, do que valem os aplausos? É como a piada da loira: como fazer uma loira rir na segunda? Conte uma piada pra ela na sexta. Mas daí, de que valeu ter contado a piada? São ecos do passado, que não moldam o presente.
Eu sei, esse texto tá muito diferente dos outros. Digamos que eu tenho várias faces, todas partes integrantes de mim mesmo. Até minha voz diferente desperta personalidades diferentes. Eu tenho até uma voz para assuntos sérios (que está muito bem escondida, por sinal... tá bem, minto, eu usei ela hoje, mas foi pra mostrar isso/fazer minha tia dar risada) e anos novos me fazem novo. Ou seja, vocês podiam gostar de mim e passar a me odiar, ou vice-versa. Ou nenhum dos dois, seja como for.
Eu descobri que o meu sub-consciente queria que as pessoas me odiassem. Eu fazia ações que repudiavam as pessoas sem sentido, como aquelas brincadeiras idiotas de criança. Mas isso está no passado. O novo eu me ama com todas as suas forças. E isso não é hipocrisia. É um amor próprio que todos deveriam ter.

Eu me amo. E isso é uma qualidade, sim senhor.

Um comentário:

  1. Prefiro não comentar nada, mas apenas saiba que nesse ponto concordo com você.

    ResponderExcluir